12/06/2014

BRASIL ESTRÉIA MELHOR QUE A ESPANHA EM 2010, GANHAR ROUBADO É MAIS GOSTOSO

O ex-árbitro Sálvio Espínola insistiu na ESPN, dias atrás: na Copa no Brasil, a arbitragem seria camarada com a seleção de Felipão.

Dito e feito: um erro grave do japonês Yuichi Nishimura, que inventou um pênalti de Lovren em Fred aos 21 min do segundo tempo, foi importante para a vitória de 3 a 1 do Brasil sobre a Croácia, na abertura do 20º Mundial.

Foi Neymar, que já anotara o primeiro gol brasileiro, quem converteu o penal. Fecha o primeiro dia como artilheiro da competição.

O tento de Oscar, no finzinho, beneficiou-se do resultado de 2 a 1 até então, que obrigou o adversário a se jogar ao ataque. Se estivesse 1 a 1, o cenário poderia ser diferente.

Na Copa de 2010, a campeã Espanha estreou com derrota diante da retranca da Suíça.

O contrário do goleiro Felipe, do Flamengo, não acho que ganhar roubado seja mais gostoso.

Felipão, que reclamava do japonês, não tem do que protestar. Só agradecer.

A seleção esteve abaixo do futebol esperado pelo Consenso de Teresópolis, a ideia generalizada de que a equipe é a favorita ou uma das favoritas.

Mas soube, com méritos, superar o nervosismo inicial, o gol contra de Marcelo que abriu o placar e a lentidão que só mudou depois do intervalo.

Não calçou saltos altos.

No primeiro tempo, ficou clara a principal aposta da Croácia, que tinha muito menos posse de bola: contra-ataques, explorando em especial o vigor menor dos laterais brasileiros na marcação e, em virtude da estatura, na bola aérea.

Aos 6 min, houve a primeira investida assim, com desperdício de cabeçada depois de cruzamento pela direita do ataque.

Pela esquerda croata, aos 10 min veio o cruzamento rasteiro de Olic que acabou em Marcelo, na pequena área, tocando para dentro do seu próprio gol. 0 a 1.

Aos 28 min, outro cabeceio dos “visitantes'', em bola que Marcelo, pela altura, não logrou tirar.

A principal qualidade da seleção na etapa inicial foi não despirocar após sair atrás. Manteve a bola no pé, e Neymar, reforçando a impressão de neymardependência do Brasil, chutou de fora da área, com o pé “ruim'', o canhoto, no cantinho esquerdo oponente. 1 a 1.

A maior deficiência foi a lerdeza ao atacar, mal que se torna ainda maior diante de times bem plantados na defesa.

O Brasil venceu com a ajuda do erro de arbitragem. Depois do gol de pênalti, criou novas chances, fez um, mas a Croácia sufocou.

Jogo duro, de Copa. Jogão. Que venham mais partidas assim!


Fonte: Blog Mário Magalhães

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