A governadora Rosalba Ciarlini está sendo questionada desde que utilizou o avião oficial do Governo do Estado, no último sábado, para ir a Currais Novos participar da festa pelas bodas de ouro do prefeito daquele município, Geraldo Gomes, seu correligionário no DEM.
A indagação é se o ato configura improbidade administrativa da governadora, que viajou em companhia do ministro Garibaldi Filho e do senador José Agripino.
Órgãos de fiscalização como o Tribunal de Contas e o Ministério Público Estadual estão avaliando as circunstâncias da viagem para decidir se o caso requer a abertura de uma investigação formal.
O que se discute é se a governadora, por ser uma alta autoridade pública, pode fazer uso da aeronave oficial e de outros aparatos por questões de segurança, ainda que para comparecer a uma festa de caráter exclusivamente particular, ou se esse tipo de argumento é inválido.
Se ao menos um dos órgãos de controle entender que esse argumento é inválido, aí pode ser aberto um processo de investigação e de responsabilização contra a governadora.
A polêmica em torno do avião do Governo acontece num momento em que o noticiário enfoca um privilégio da governadora: o direito de ter uma residência oficial custeada pelos cofres públicos.
Trata-se de um direito constitucional. Ponto. Portanto, não há nada de ilegal nele.
O que se noticia, porém, é que Rosalba estaria pretendendo se mudar do imóvel que ocupa hoje - e pelo qual também passaram os ex-governadores Iberê Ferreira de Souza e Wilma de Faria.
Até aí tudo bem. A diferença é que a atual residência, localizada no bairro de Morro Branco, custa ao Estado R$ 12 mil por mês, a título de aluguel. Esse custo subiria para R$ 30 mil, segundo matéria do jornal Tribuna do Norte, no imóvel supostamente escolhido para ser a nova residência oficial, que fica no bairro de San Vale, na Zona Sul de Natal.
O governo nega que haja planos de adquirir uma casa para abrigar a governadora e sua família.
Resta esperar um pouco mais, pois a história mostra que esse tipo de notícia não surge assim, do nada, e que negativas oficiais iniciais muitas vezes se transformam em confirmações.
De toda forma, esse tipo de notícia acaba por gerar questionamentos e uma carga negativa sobre Rosalba. Ainda mais porque sugere gastos desnecessários por parte de quem, como a governadora, não cansa de entoar lamúrias sobre a falta de dinheiro.
Com informações do Portal NoMinuto.com
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