Localizado na microrregião da Borborema Potiguar, Lagoa de Velhos, cuja população não ultrapassa a 3 mil habitantes, também está sendo castigada pela seca. A lagoa que deu nome à cidade já não existe. No local, apenas o leito seco com algumas poucas cabras soltas, em busca de alimento. O gado está magro e os pequenos criadores buscam na plantação de palma a sobrevivência dos animais.
Apesar da pouca distância com a capital, 91 quilômetros, a diferença na paisagem e na rotina dos moradores é imensa. Com uma área territorial de 112 km2, a população tem apenas três caminhos para seguir: trabalhar em uma das três cerâmicas existentes no município, preparar a terra ou conseguir um cargo comissionado na Prefeitura, comandada por Igor Araújo.
A feira ocorre na cidade aos sábados, mas conta apenas com três barracas. A alternativa é se deslocar para São Paulo do Potengi, onde a feira é bem maior e ocorre aos domingos. O lazer na cidade é inexistente. O único clube da cidade foi interditado pelo Corpo de Bombeiros porque o telhado ameaça cair. Mesmo assim, alguns jovens se reúnem na área externa para ouvir música e dançar.
Apesar da pouca distância com a capital, 91 quilômetros, a diferença na paisagem e na rotina dos moradores é imensa. Com uma área territorial de 112 km2, a população tem apenas três caminhos para seguir: trabalhar em uma das três cerâmicas existentes no município, preparar a terra ou conseguir um cargo comissionado na Prefeitura, comandada por Igor Araújo.
A feira ocorre na cidade aos sábados, mas conta apenas com três barracas. A alternativa é se deslocar para São Paulo do Potengi, onde a feira é bem maior e ocorre aos domingos. O lazer na cidade é inexistente. O único clube da cidade foi interditado pelo Corpo de Bombeiros porque o telhado ameaça cair. Mesmo assim, alguns jovens se reúnem na área externa para ouvir música e dançar.
A Igreja Matriz, localizada na Praça de Lagoa de Velhos foi construída pela comunidade, mas as missas são celebradas em uma outra igreja construída próxima. Esse posicionamento dos religiosos provocou uma divisão. Os mais antigos continuam celebrando e festejando o dia de Nossa Senhora da Conceição na antiga igrejinha e os mais jovens frequentam a igreja mais nova. Uma divisão bastante criticada pelos moradores mais velhos. Essa divisão se deu por causa das pinturas feitas no altar da igrejinha antiga, que não atendem o que prega a Igreja Católica.
A lagoa que deu nome à cidade (Lagoa de Velhos) está toda seca. Hoje, há apenas o leito com uma areia preta e muita sujeira, além de alguns bodes que são deixados por seus donos para se alimentarem, se é que isso é possível. O quadro é desolador e o desespero ainda maior. Quem ainda tem cabeças de gado, já começa pensar em vender antes que o pior aconteça. Magro e sem ter o que comer, os animais ficam à mercê do tempo e da chuva que não vem.
A expectativa para quem tem terra é a implantação da energia eólica na cidade. A Empresa EDP enviou uma equipe no último dia 25 de janeiro para ver o interesse de adesão dos proprietários à concessão da energia eólica. Tudo foi registrado em cartório e agora os donos de terra, esperam que essa iniciativa dê retorno financeiro, tal qual como ocorre hoje com os royalties do petróleo.
A cidade conta ainda com uma unidade de saúde, que iniciou recentemente a fazer pequenas cirurgias. A Secretaria de Saúde está sendo comandada pela jornalista Erta Souza que tem muitos projetos para a cidade, tudo para melhorar a qualidade de vida da população de Lagoa de Velhos.
Com informações do Gira Parnamirim
Texto: Yara Okugo
Fotos: Tião Pereira
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