03/02/2014

Democratas propõe que o PMDB, sem candidato, apoie reeleição de Rosalba

brewre-300x300A indefinição na escolha do candidato do PMDB e as seguidas ausências do atual nome defendido pela cúpula peemedebista, Fernando Bezerra, dá margem as especulações em torno de quem será o adversário do pré-candidato Robinson Faria, do PSD, na disputa pelo Governo do Estado em 2014. E, nesta semana que a candidatura a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, ganhou força, o principal defensor dela, o ex-deputado Ney Lopes, também democrata, foi a público apontar uma nova possibilidade de chapa: Rosalba para o Governo e o PMDB indiciando os nomes de vice-governador e Senador.
“Uma delas, diante da presumida recusa do ex-senador Fernando Bezerra em disputar o governo do estado pelo PMDB, (fala-se nessa decisão já comunicada à direção do partido), seria a abertura de novo diálogo político do governo com o senador Garibaldi Alves e o deputado Henrique Alves, que nunca agrediram a governadora após o afastamento político, e mantiveram posição civilizada e elegante. Na hipótese de cogitar-se da coligação com o PMDB e caso obtenha o aval do líder do DEM, senador José Agripino, a governadora estaria disposta a oferecer os cargos de vice-governador e senador”, afirmou Ney Lopes em contato com O Jornal de Hoje.
É bem verdade que, apesar de aparentemente inviável, até porque o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, reafirmou nesta semana que o partido terá candidato próprio, uma aliança com o PMDB, defendida por Ney Lopes, principal defensor, hoje, de Rosalba Ciarlini, deixa transparecer que esse pode ser, na verdade, o interesse da atual governadora.
Tanto é assim que no início desta semana, Ney Lopes veio a público defender o Governo Rosalba Ciarlini e dizer que, pelas obras e conquistas que teve, ela poderia sim disputar a reeleição. O próprio Ney, inclusive, poderia até ser o candidato ao Senado, caso não houvesse outro nome para ocupar essa vaga. Neste novo contato com O Jornal de Hoje, Ney Lopes acrescentou que o PMDB articularia a coligação com outros partidos – já tem o apoio do PROS, PR, PDT e PV.
“Fala-se, até, na hipótese de uma emenda à Constituição estadual, que ampliasse a competência do vice-governador, de forma que não houvesse dúvida da responsabilidade e influência do indicado, na administração do Estado, no próximo quadriênio”, analisou. Segundo Ney Lopes, essa “fórmula” atenderia aos interesses do RN, sendo uma saída supra-partidária e de efetiva preservação do interesse público.
“Não se pode negar, também, que o PMDB está em posição de inegável influência nacional e estadual pela competência dos seus atuais líderes, que projetam e enaltecem o estado. Mesmo assim, até hoje não lançou chapa majoritária para 2014 no RN”, acrescentou. Porém, é bem verdade que o PMDB deixou o Governo Rosalba não, apenas, por querer lançar o candidato próprio. Deixou porque, segundo os próprios peemedebistas, a gestão Rosalba era individualista, centralizadora e isolada.
A saída do partido deu início a um processo de fragmentação da base aliada de Rosalba – perdeu o PR e quase 10 deputados estaduais. Além disso, o isolamento do DEM fez com que o senador José Agripino Maia, presidente nacional do partido, evitar falar em reeleição da governadora, com o objetivo de facilitar a reeleição dos parlamentares estaduais e federais (o filho dele, Felipe Maia) neste ano. Por isso que, para Ney Lopes, com o aval do PMDB, o DEM receberia a autorização de José Agripino para lançar a candidatura da governadora.
“Essa aliança já existiu no passado e não seria taxada de ‘oportunismo’ ou ‘chapão’, caso se reproduzisse em 2014. A forma de concretizar o entendimento seria colocar publicamente em debate, antes da eleição, numa ampla mesa de abertura política, os grandes desafios administrativos, políticos e sociais que o RN enfrentará a partir de 2015. Não se trata de ‘acordão’, em busca de candidato único, de consenso. Seria apenas entendimento prévio para buscar a governabilidade futura do estado e garantir mais paz e prosperidade aos norte-rio-grandenses”, analisou.
Jornal de Hoje

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