17/12/2014

10 motivos por que 2014 já demorou para acabar


Pessoas brindam a virada do ano - fogos de artifício 

Podemos admitir: 2014 não está fácil para os brasileiros. Não dá para esquecer que foi o ano em que perdemos de 7 a 1 para a Alemanha.Como se não bastasse, assistimos boquiabertos ao desenrolar do escândalo da Petrobras, um dos maiores do país.

E teve mais: amizades foram rompidas com as discussões acaloradas de uma daseleições mais acirradas da história. E muita gente ficou sem água em São Paulo e em outros estados, numa das maiores secas que já enfrentamos.Para completar, perdemos a companhia de Jair Rodrigues, João Ubaldo Ribeiro, José Wilker e muitos outros. 

Com tanta notícia ruim, um descanso poderia cair bem. Mas não. Em 2014, nem os feriados estiveram a nosso favor: a maioria caiu em fins de semana. Com um panorama desses, que tal já começar a contagem regressiva para o fim do ano? Veja o Top 10, por que 2014 já está fazendo hora extra. E que venha 2015!

Veja os 10 motivos por que 2014 já demorou para acabar:

1°) 7 X 1

Quem não se lembra dos seis minutos desesperadores em que a seleção brasileira tomou quatro gols dos adversários alemães?
A goleada, que no fim do jogo chegou a 7 a 1, foi a maior derrota do Brasil em Copas do Mundo. E o pior: aconteceu na nossa casa.
Comparado ao Maracanazo, quando a Seleção Brasileira perdeu o jogo para o Uruguai, no Maracanã, na final da Copa de 1950, o jogo contra a Alemanha ficará gravado na memória dos brasileiros com um dos piores momentos que 2014 nos ofereceu.

2°) Falta de Água
Terminada a Copa do Mundo, os brasileiros derrotados no futebol puderam voltar as atenções para problemas, digamos, mais sérios. E põe sério nisso.
Este está sendo o ano em que grandes cidades como São Paulo ficaram ameaçadas pela falta de água.

3°) Escândalo da Petrobras
Ainda em 2014, chocaram o país as fotos de altos executivos sendo levados para responder às investigações de pagamento de propina em contratos com a Petrobras.
Neste ano, a Operação Lava Jato apresentou aos brasileiros um triste caso de corrupção, agora envolvendo uma das maiores empresas nacionais.
4º) Eleições Acirradas
As revelações sobre a Petrobras ajudaram a esquentar o clima nas eleições deste ano. Numa das mais disputadas corridas eleitorais de nossa história recente, as discussões ficaram tensas nos debates eleitorais, e também fora deles.
Enquanto os principais candidatos se acusavam na TV, teve gente que bloqueou amigos nas redes sociais e entrou em discussões quentes em mesas de bar e almoços de família.

5º) Números Errados
Não foram só as amizades que perderam com as eleições deste ano. Os institutos de pesquisa também saíram um tanto chamuscados. Isso porque algumas pesquisas de intenção de voto erraram o resultado das urnas. Houve até caso de candidato que ficou de fora do 2º turno, apesar de liderar as sondagens antes das votações.
E teve mais. Institutos respeitadíssimos, como o IBGE, apresentaram outras pesquisas com erros. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgou que a desigualdade no Brasil aumentou, quando, na verdade, diminuiu.
Já o Ipea divulgou uma pesquisa que mostrava que 65% dos brasileiros achavam que uma mulher merecia ser estuprada por usar roupas curtas. O dado também não era bem esse; na verdade eram 26%.

6º) Ano difícil para as mulheres
Se 2014 foi difícil para todos, ele foi especialmente duro para as mulheres. Depois da pesquisa do Ipea (que estava errada, é verdade, mas ainda assim trouxe dados preocupantes), as mulheres ainda tiveram que brigar para que a violência não fosse propagandeada no país.
Isso porque o suíço Julien Blanc havia marcado palestras por aqui para ensinar os homens a conquistar as mulheres -- mesmo que elas não queiram. Uma das sugestões de Blanc é que os rapazes ignorem quando mulheres dizem não às suas investidas sexuais. O Itamaraty prometeu barrar sua entrada no país.

7º) Racismo no Futebol
Definitivamente, este ano nos mostrou que o Brasil ainda tem muito a avançar. Se as mulheres tiveram provas de que ainda há machismo, os negros também enfrentaram manifestações consideradas racistas.
No futebol, o goleiro Aranha, do Santos, foi ofendido num jogo contra o Grêmio. O goleiro disse que foi chamado de “negro fedido” e “macaco”. Um torcedora foi flagrada pelas câmeras gritando “macaco”. Ela depois pediu desculpas e disse que não é racista.
O Grêmio chegou a ser punido por conta dos atos racistas dos torcedores. O clube foi excluído da Copa do Brasil e condenado a pagar multa de 50 mil reais.
E ainda teve o caso do torcedor que jogou uma banana em campo num jogo do Barcelona, na Espanha.
O caso não foi no Brasil, mas o alvo da provocação era o brasileiro Daniel Alves, que respondeu comendo a fruta ali mesmo, no campo. Mais uma passagem triste deste nosso 2014.

8º) Ebola e os alarmes falsos
Se o que de fato aconteceu em 2014 já é motivo para torcermos ansiosos pela chegada de 2015, os alarmes falsos também ajudaram a micar o ano.
O vírus ebola, por exemplo, que já matou mais de 5 mil pessoas na África, ameaçou chegar ao Brasil algumas vezes. Os casos eram alarmes falsos, mas deixaram em alerta as autoridades e causaram temor na população.
Em um deles, ocorrido no Paraná, o doente nem havia passado pela África. Tudo poderia ter sido resolvido sem pânico se os médicos tivessem entendido o que ele dizia.
Num outro caso, em Pernambuco, relatos contam que funcionários do hospital ficaram com medo de ser infectados por um homem que estava com febre e havia passado pela África.
A notícia se espalhou pela cidade, e os moradores se fecharam em casa em pânico. Mais uma vez a doença foi descartada.

9º) Mortes, Muitas
Se um dia for feito o ranking dos anos que tiveram mais mortos ilustres, 2014 tem grandes chances de ganhar.
Este foi o ano em que os brasileiros perderam os escritores Ariano Suassuna e João Ubaldo Ribeiro. Também se foram os atores José Wilker, Paulo Goulart e Hugo Carvana. Na música, perdemos Jair Rodrigues, para citar apenas alguns.
Isso só no Brasil. Também tivemos as mortes internacionais, como de Robin Williams, Gabriel García Márquez e Roberto Bolaños. Todos vão deixar saudades.

10º) Sem descanso
Para fechar, o ano de 2014 também foi mesquinho nos dias de folga. No segundo semestre, todos os feriados nacionais caíram no fim de semana.
Caíram num domingo, 7 de setembro (dia da Independência), 12 de outubro (dia de Nossa Senhora Aparecida) e 2 de novembro (dia de Finados). A Proclamação da República (dia 15 de novembro) caiu num sábado.
A única exceção será o Natal, no dia 25 de dezembro, que cairá numa quinta-feira. Resta torcer para que 2015 traga notícias mais alegres e, é claro, mais feriados.

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