18/01/2015

Para delegado, efetivo nas ruas não inibe homicídios

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Nos últimos dois dias (16 e 17), oito homicídios ocorreram no Estado, somando 81 casos de mortes violentas desde o dia primeiro. Duas dessas últimas mortes ocorreram em Ceará-Mirim. Os dados gerais são da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), com informações do Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep-RN)*. Segundo o Conselho Estadual de Direitos Humanos até o último dai 15, tinham sido registrados 73 crimes.
O número da primeira quinzena é superior ao mesmo período de 2014, quando 69 pessoas foram assassinadas. Mas outros dados mostram que apesar do aumento de crimes que terminam em morte em todo o estado, Natal apresenta gráficos de queda nesse índice.
Em 2012 foram 223 casos na capital potiguar. Em 2013, 245. E em 2014, o número caiu em aproximadamente 5%, com 232 mortes.
Desde o início do ano, o Governo do Estado anunciou medidas para a Segurança Pública. Na Polícia Militar, além da troca do comando, o Governo colocou 300 policiais extras nas ruas, em duplas, para realizar o Policiamento Preventivo Ostensivo (PPO). O titular da Dehom, delegado Franklin Albuquerque, acredita que a ação iniba outros tipos de crimes, não homicídios.
“O homicídio é um crime atípico. Quando o sujeito quer matar outro, mata em qualquer lugar. Até dentro da casa da vítima. A polícia não tem como estar em todos os lugares. Polícia nas ruas diminui os crimes naquelas proximidades, principalmente roubos, furtos e assaltos. Mas quem quer matar vai atrás da vítima em qualquer lugar. E, neste caso, só resta a apuração do crime pela Polícia Civil”, opina.
O delegado também chama atenção para o fato de 90% dos assassinatos serem ligados ao tráfico de drogas ilícitas. “Nesses casos apuramos tudo. Prendemos os envolvidos, realizamos os procedimentos cartorários e remetemos à Justiça através do Inquérito Policial”, conta.
Tribuna do Norte.

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