02/10/2017

Aprovação de Temer cai a 5%, mas cresce apoio a permanência

FILE PHOTO: Brazilian President Michel Temer looks on during a credentials presentation ceremony for several new top diplomats at Planalto Palace in Brasilia, Brazil June 26, 2017. REUTERS/Ueslei Marcelino/File Picture ORG XMIT: UMS10

A gestão Michel Temer (PMDB) atingiu a maior reprovação já registrada pelo Datafolha desde o início da redemocratização no país.
Por outro lado, cresceu a adesão à permanência do presidente no poder até o fim de seu mandato.
Consideram o governo Temer ruim ou péssimo 73% dos brasileiros. Com isso, o peemedebista superou a pior taxa de Dilma Rousseff (PT), 71% em agosto de 2015, e tornou-se o presidente mais rejeitado pela população desde o fim da ditadura.
Apenas 5% avaliam o governo como ótimo ou bom. Trata-se da aprovação mais baixa desde setembro de 1989, quando José Sarney (PMDB), em meio à crise da hiperinflação, teve o mesmo índice.
O Datafolha ouviu 2.772 entrevistados em 194 cidades durante os dias 27 e 28 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos.
Em julho do ano passado, dois meses após Temer assumir a Presidência, sua rejeição era de 31%. Desde então, não parou mais de crescer.
Passou para 61% em abril deste ano, 69% em junho e agora 73%.
Os que consideram o governo regular somam 20% (eram 23% há três meses).
Numa escala de 0 a 10, a nota média hoje do governo é de 2,5.
A situação de Temer é pior que a de Dilma às vésperas de ela sofrer impeachment. Em abril de 2016, a petista tinha 13% de aprovação e 63% de reprovação.
A despeito desses péssimos resultados, há também algum alívio para o governo.
Percebe-se um recuo no grupo que pede a saída de Temer da Presidência.
Ainda que majoritário, caiu de 65%, em junho, para 59%. Já os que defendem sua permanência passaram de 30% para 37%.
Diante da derrocada ética que atinge indistintamente os principais partidos e da falta de opções viáveis para o Executivo, parcela do eleitorado parece considerar que manter Temer no poder, ainda que malquisto, é a opção menos turbulenta para o país neste momento.
O quadro é mais desfavorável a Temer entre as mulheres (76% de ruim ou péssimo), os eleitores de 35 a 44 anos (77%) e aqueles cuja renda familiar varia de dois a cinco salários mínimo (75%).
O Nordeste é a região com maior reprovação (84%). O Norte, com a menor (69%).
Na divisão por escolaridade, o presidente é igualmente rechaçado por entrevistados de nível fundamental (71%), médio (76%) e superior (73%).
POR FOLHAPRESS

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